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Como usar a mídia social e seu papel importante na divulgação científica

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Miniatura do canal do YouTube Brave Wilderness, com o Dr. Hunter Hines (d) e Mark Vins procurando e capturando Naegleria fowleri em um microscópio Olympus.

Uma das belezas da microbiologia é poder ver o mundo invisível ao nosso redor. Infelizmente, essa capacidade não está disponível de imediato para muitos, com equipamentos de nível de pesquisa muitas vezes acessíveis apenas a acadêmicos profissionais. Uma maneira eficiente de tornar a microbiologia mais acessível é compartilhar conteúdo nas redes sociais.

Com alguns cliques, um público cada vez maior pode se conectar para ver recursos e criaturas que talvez nem soubesse que existiam. A pesquisa normalmente gera muitas imagens, e muitas delas permanecem privadas, apenas para os olhos dos cientistas. Compartilhar os micróbios que são encontrados em minhas amostras no Instagram (microbialecology) permitiu que eu me conectasse com um grande número de pessoas interessadas de todo o mundo. Outro benefício das redes sociais é que os algoritmos avançados compartilham conteúdo com pessoas que podem não saber que têm interesse em micróbios e que provavelmente nunca pesquisariam diretamente esse conteúdo.

Alguns acadêmicos podem ver as redes sociais como uma perda de tempo ou uma forma inadequada de compartilhar pesquisas. Isso é cada vez menos verdadeiro: públicos potencialmente amplos, assim como equipes de produção de qualidade com as quais é possível fazer parcerias, aguardam pesquisadores dispostos a gerar conteúdo. As redes sociais podem disseminar ainda mais a pesquisa e ajudar a trazê-la à tona, indo além da publicação em revistas acadêmicas (muitas das quais também são inacessíveis ao público em geral).

Minhas aventuras microbianas com a Brave Wilderness alcançam jovens no mundo todo

A colaboração mais divertida da qual participei foi com o canal do YouTube Brave Wilderness, líder em vídeos sobre vida selvagem na plataforma. Eles já atraíram bilhões de visualizações, compartilhando a beleza da vida selvagem e a importância da conservação com jovens de todo o planeta.

Imagem de vídeo do Brave Wilderness no YouTube sobre a mistura de veneno de cobra e sangue humano no microscópio, estrelado por Coyote Peterson, Mario Aldecoa e Dr. Hunter Hines

Apresentadores Coyote Peterson e Mario Aldecoa do Brave Wilderness (YouTube) com o Dr. Hunter Hines e o microscópio Olympus BX53

Tive a sorte de aparecer em vários vídeos em que buscamos micróbios em diversos ambientes. Por exemplo, mergulhamos em uma fonte de água doce em busca de tardígrados e caminhamos em um pântano em busca da ameba “comedora de cérebro”. Mostrar as espécies apresentadas em seu habitat é importante para conectar essas criaturas ao ambiente e à conservação perante o público. Os segmentos em meu laboratório em que destacamos os micróbios com o microscópio Olympus e falamos sobre sua morfologia e como eles são importantes para seus ecossistemas também são valiosos para a história.

Uso do microscópio Olympus BX53 para observar o veneno de uma cobra mortal em ação

Minha última colaboração com a Brave Wilderness foi uma parceria com Coyote Peterson para realizar experimentos únicos e selvagens. Com a ajuda do microscópio Olympus BX53, conseguimos examinar os efeitos do veneno de uma cobra mortal no sangue humano. Essa foi uma oportunidade única para mim, já que nunca tive acesso ao veneno de cobra, que foi coletado bem em nossa frente no laboratório de antídotos contra veneno onde filmamos.

Os efeitos do veneno no sangue estão bem documentados, mas, até onde sabemos, são raras as micrografias em que eles ocorrem em tempo real. Coyote e eu ficamos emocionados ao presenciar isso em primeira mão e testar em diferentes tipos de cobras extremamente venenosas. Assistir ao veneno destruindo o sangue em uma placa de Petri é muito interessante, mas vê-lo em 400x DIC em tempo real em uma lâmina foi realmente incrível.

Se você gostar desse vídeo, confira a parte 2, em que misturamos o sangue de Coyote com veneno de cobra, e a parte 3, em que retiramos o veneno de uma cobra-real.

Compartilhando o mundo microscópio em grande escala para inspirar a próxima geração de cientistas

Com a ajuda das redes sociais, podemos compartilhar gratuitamente essas filmagens do mundo microscópio com um grande público global (os vídeos desses experimentos foram lançados no segundo semestre de 2021). Esse tipo de colaboração é valioso, pois mostra a microbiologia a um público mais amplo do que o normal.

A importância da participação dos acadêmicos nesses esforços é que eles colaboram com seus conhecimentos para produzir conteúdo educativo valioso, que pode empolgar e, com sorte, inspirar a próxima geração de pensadores críticos. Há um público amplo e cada vez mais global que espera constantemente por conteúdo, com as redes sociais sendo uma ferramenta poderosa para alcançar uma faixa demográfica importante e compartilhar ciência gratuitamente com qualquer pessoa que estiver interessada.

*Imagens e vídeo cedidos por Dr. Hunter Hines e Brave Wilderness

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Guest blogger

Dr. Hunter Hines received his PhD in 2019 while registered in a joint international collaboration with Bournemouth University (UK) and Harbor Branch Oceanographic Institute (HBOI) at Florida Atlantic University. He conducted research into microbial communities found in tropical aquatic and terrestrial ecosystems in Florida, focusing on the biogeography and biodiversity of ciliates.  

Today, Dr. Hines continues his research at HBOI, where he examines microbial communities and the impact they have on ecosystems. He is also the senior scientist on the Amoray Marine Conservation Team at the Amoray SCUBA Resort in Key Largo, Florida.

On social media, Dr. Hines plays a significant science outreach role for microbiology and ecology. During his PhD, he created the Instagram account Microbialecology, which has over 140,000 followers. He is a frequent collaborator with the popular YouTube channel Brave Wilderness, assisting with everything microbial and featuring in several episodes.

Ago 24 2021
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